quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eu quero...


Voltar...


 
Voltar aquele dia em que tudo acabou e em que tudo começou e repetir tudo outra vez, do principio ao fim! Em que embora com a cabeça ocupada com as incertezas que o futuro me reservava, eu pude por momentos, agradáveis momentos, esquecer tudo o que me atormentava.

Eu quero voltar a passear por aquelas grutas escuras da Quinta da Regaleira, e andar pelas ruas de Sintra que chamava por mim a cada passo que eu dava; eu quero voltar àquele bar, sentir o aconchego das cadeiras e mesas de madeira, e voltar a sentir o cheiro das panquecas com chocolate e do sumo de laranja acabado de fazer, rir até me doer a barriga, e voltar para casa com dores nos pés.

Eu quero repetir aqueles dias de praia com as amigas, em que fizemos tererés debaixo do sol quente de Agosto, e tomamos banhos de mar sem nos importar se a agua estava demasiado fria, e no final do dia ir comer aquele Wrap que nos aconchegava o estômago no caminho para casa.

Eu quero ir ao cinema ver aquele filme e comer pipocas, e sentar num canto afastado na sala para poder rir à vontade sem incomodar ninguém.

Eu quero voltar àquelas praias do Algarve, em que o mar bravo me puxava e enrolava, e o sal me fazia doer os olhos. quero voltar àquelas noites ao pé da piscina esperando pelo sono que tardava em vir.

Eu quero ir passear a Lisboa, e acabar o dia no starbucks a beber chocolate quente depois de uma tarde de compras.

Eu quero estar nas belas cidades de trás dos montes onde o sol se esconde cedo por trás das árvores e em que o calor das 3 da tarde aquecia os passeios depois do almoço, ou então, andar debaixo da chuva que trazia o cheiro a terra molhada das florestas do Gerês.

Eu quero voltar àquela cidade templária, e passear ao pé do rio e deambular pelos jardins; quero tomar banho na água fria das praias fluviais e estender me na relva quente, e à noite deitar me no meio da estrada deserta observando as estrelas cadentes que passavam muitas vezes despercebidas, e enquanto os pequenos bicharocos nos entravam para dentro das mangas e nos faziam cocegas nos braços; quero acordar de manha e abrir a janela que deixava entrar o sol e o calor da manha e sentir o cheiro a verde que pairava no ar naquele pequeno vale...

Eu quero voltar! Sim, voltar àquele dia em que tudo começou e fazer tudo de novo, do principio ao fim, e voltar a ser feliz, por que neste verão eu  fui muito muito feliz!

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